SARAU JACA DE POESIA: CONEXÃO CRIATIVA BAHIA E ANGOLA 2024

Com o apoio de “MOBILIDADE CULTURAL SECULT EDITAL Nº 01/2023”, “ACELERA BOCA DE BRASA FGM” e “SALVADOR CIRCULA FGM” o projeto “SARAU JACA: CONEXÃO CRIATIVA BAHIA E ANGOLA 2024”, promovido pelo Coletivo JACA, visa unir a criatividade da Bahia e Angola por meio de poesias, músicas e oficinas e gravação de podcast que celebram a ancestralidade musical afro-brasileira. Com duração de 12 dias, incluindo 02 apresentações, 01 oficina e 01 vivência: interações culturais e 01 episódio de podcast o projeto busca fortalecer os laços entre as culturas, relembrando as trocas históricas entre a diáspora africana e as periferias, com um enfoque tanto na conexão latino-americana quanto africana.
O “SARAU JACA DE POESIA: CONEXÃO CRIATIVA BAHIA E ANGOLA 2024” tem como objetivo primordial celebrar a riqueza cultural das periferias, destacando a ressurgência artística das juventudes negras e suas expressões ancestrais e contemporâneas, como festivais, saraus de música e poesia e espaços independentes. Além disso, pretendemos fomentar uma troca enriquecedora entre a poesia e a música soteropolitana e as tradições artísticas angolanas, reconhecendo a influência mútua das diásporas africanas nas Américas e na África.
Coletivo JACA é formado por:
Cairo Costa: Voz, Pandeiro, Caxixi, Efeitos
Marivaldo Gomes: Voz, Cavaquinho, Apitos, Dikanza
Rilton Jr.: Voz, Cajon
Vagné L.: Voz, Violão, Live Electronics, Chocalhos.
Luar Vieira: Coordenação de Comunicação
A arte hoje para a juventude negra e periférica das cidades de Salvador e Luanda é um dos principais meios de organização social e mobilização comunitária. Tendo na poesia e na música formas de representação da experiência do cotidiano desses jovens, através da publicação de faixas, álbuns, vídeos ou saraus poéticos. Configurando um espaço de sociabilidade e autodeterminação da juventude negra, além de garantir emprego e renda.


Visita a Escola St. Agostinho
Na terra quente de Malanje, o coração bateu diferente. Fomos poesia em caminhada, vozes cruzando o Atlântico. Na Escola St. Agostinho, uma acolhida mágica nos esperava. Crianças em coro, cantavam sonhos e saudades, e cada verso era um abraço, cada sorriso, um poema sem palavras. Ali, o tempo parou para ouvir a alegria. Bahia encontrou Angola no compasso das palmas, no brilho dos olhos que diziam: “Vocês são bem-vindos”. Fomos tantas mãos unidas, tantos mundos entrelaçados num só instante, que a distância virou apenas um detalhe. E naquele encontro inesperado, descobrimos que a poesia não mora no papel, mas no calor de um abraço, no eco de uma canção. Ali, éramos um só, na mágica conexão de ser humano e ser poesia.